7 Traços Poderosos de uma Igreja Verdadeiramente Bíblica

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Por: Iara

Redatora no site Cuca de Crente

03/04/2024

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Quando você pensa em igreja, o que vem à mente? Visualiza os bancos de madeira enfileirados ou as janelas de vidro colorido detalhadamente trabalhadas no santuário? Pilhas de Bíblias e hinários talvez? Ou um palco ou púlpito? Para aqueles que frequentam megaigrejas, talvez a imagem seja de um grande auditório. Esses detalhes descrevem o que vemos em um edifício, mas não nos dizem como uma igreja deve ser segundo a Bíblia ou uma Igreja Bíblica. As Escrituras não fornecem instruções sobre a disposição dos assentos ou sobre o uso de um palco. Não há menção de uma cor específica de carpete ou do uso de vitrais. Nos primeiros dias da igreja, não havia capelas ou catedrais com torres. Isso porque a Igreja não é um edifício.

Os crentes constituem o corpo de Cristo, a Igreja (1 Coríntios 12:27).

Como membros do corpo de Cristo, nossa aparência deriva da nossa relação com Jesus e da missão que Ele nos deu. Ele nos chamou para ser um povo multiplicador, uma comunidade que cresce e alcança a vida de outros, formando um grupo de indivíduos que se assemelham cada vez mais a Ele.

C.S. Lewis, em sua obra “Cristianismo Puro e Simples”, discute o propósito da igreja, afirmando que “[A] igreja existe unicamente para atrair os homens para Cristo, para torná-los pequenos Cristos. Se não estiver fazendo isso, todas as catedrais, clérigos, missões, sermões, até mesmo a própria Bíblia, são simplesmente uma perda de tempo” (HarperOne, 2001, p. 199).

Inicialmente, a declaração de Lewis pode nos surpreender. Construir edifícios, realizar missões e estudar a Bíblia são perdas de tempo? São, se as pessoas não estiverem crescendo em Cristo e fazendo discípulos. O corpo de crentes deve parecer cada vez mais com Jesus e ajudar outros a se tornarem reflexos de Cristo também. Se a igreja não está fazendo isso, então não está cumprindo seu propósito. Ela não se assemelha a uma igreja bíblica.

Mas quais são os indícios de que um grupo de crentes está cumprindo este propósito de se tornarem mais semelhantes a Cristo?

As Escrituras podem não ter instruções sobre como deve ser o edifício de uma igreja, mas têm uma riqueza de informações sobre como viver como indivíduos pertencentes à Igreja.

1. DEVOTADA AO ENSINO BÍBLICO

      O modelo bíblico para o que a Igreja deve ser como o corpo de Cristo é melhor exemplificado em Atos 2 com a Igreja Primitiva. Após receberem o Espírito Santo, Pedro proferiu seu famoso sermão de Pentecostes (Atos 2:1-40). Mais de 3.000 pessoas colocaram sua fé em Cristo e foram batizadas como resultado desse sermão, aumentando o número da Igreja (Atos 2:41).

      Imediatamente após este relato, lemos sobre como a Igreja vivia no dia a dia. Conforme Atos 2:42-43

      “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos ficavam maravilhados com os muitos milagres e sinais realizados pelos apóstolos”.

      Muitas coisas importantes são mencionadas, mas a primeira é que os novos crentes estavam dedicados ao ensino dos Apóstolos, corroborado por maravilhas e sinais.

      Naquela época, o Novo Testamento ainda não havia sido escrito. No entanto, sabemos que os ensinamentos dos Apóstolos vinham diretamente do que Jesus havia ensinado a eles. Veja mais sobre: 5 Indicadores de que é Hora de uma Pausa das Redes Sociais!

      2. Um Povo de Oração

      Outro aspecto destacado pela Bíblia sobre a aparência da Igreja Bíblica é sua devoção à oração. Esse foco na oração foi exemplificado pela Igreja Primitiva. Em Atos 2, os novos crentes são descritos como devotos à oração, assim como eram às doutrinas dos Apóstolos (Atos 2:42). Os Apóstolos já haviam mostrado a importância de orar regularmente, assim como os homens e mulheres que estavam com eles (ver Atos 1:14).

      Quando oravam, não pediam a Deus por segurança ou prosperidade, mas por coragem para continuar a proclamar a Palavra de Deus (Atos 4:29). Essa oração foi feita logo após Pedro e João serem presos e perseguidos por falar sobre Jesus. A igreja teria motivos legítimos para temer e buscar segurança. No entanto, optaram por orar por coragem para continuar no serviço fiel ao Senhor.

      Ele atendeu às suas orações. Pelo poder do Espírito Santo, continuaram a falar a palavra de Deus com coragem (Atos 4:31). Da mesma forma, os Apóstolos não cessaram de falar sobre a ressurreição de Jesus (Atos 4:33).

      Para nos assemelharmos mais a uma igreja bíblica, devemos fazer esse tipo de oração. Mais do que desejar nossa segurança ou conforto, devemos almejar cumprir a vontade de Cristo. Como povo devotado à oração, nossas preces devem ser muito mais do que palavras pronunciadas num domingo de manhã. Devemos estar firmemente comprometidos com a intercessão por outros e pedir a Deus força para servi-Lo e torná-Lo conhecido.

      3. Amando Uns aos Outros

      Jesus instruiu Seus discípulos:

      “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13:34-35).

      Portanto, um distintivo da Igreja Bíblica é o amor pelos outros, especialmente pelos que pertencem a Cristo.

      Igreja Bíblica

      Um foco no amor nos mostra por que a Igreja Primitiva se comprometeu com a comunhão e a partilha de bens (ver Atos 2:42, 44; 4:32). Foram chamados a amar uns aos outros, não apenas com palavras, mas em ação (1 João 3:18). Os primeiros crentes se reuniam para refeições e amizade (Atos 2:46). Eles também garantiam que todos tivessem o necessário (Atos 4:34-35). Essencialmente, formavam uma grande família unida por um amor comum por Cristo e uns pelos outros.

      De acordo com as Escrituras, o amor deve ser um traço reconhecível do corpo de Cristo. Não podemos reivindicar corretamente pertencer à família dos crentes se não temos amor pelos outros. Aqueles que foram redimidos e transformados amarão seus irmãos e irmãs em Jesus (1 João 3:14; 4:20).

      Na igreja de hoje, precisamos parar de pensar que as pessoas nos reconhecerão como discípulos de Cristo apenas porque visitamos um edifício todo domingo. A Igreja é reconhecida por seu amor. Biblicamente, esse amor vai muito além de dizer palavras gentis ou chamar membros da congregação de “irmão” e “irmã”. Amar os outros inclui ação, como oferecer comunhão e garantir que a família de crentes tenha o que é necessário.

      4. Compartilhando com os Outros

      Conforme demonstrado anteriormente, uma igreja que ama garante que a família de Cristo seja provida. Relacionado a esse aspecto está o compartilhamento com os outros. Uma igreja bíblica compartilha recursos e dons espirituais com os outros para que ninguém fique em falta ou em dificuldade.

      O Apóstolo Paulo usou a analogia do corpo para descrever a Igreja (1 Coríntios 12:12-31). Cada membro ou parte é necessário para o funcionamento adequado do corpo. Quando uma parte sofre, as outras também sofrem (1 Coríntios 12:26). Os cristãos devem usar seus dons e recursos para beneficiar os outros membros do corpo de Cristo (Romanos 12:4-8).

      Na época de Paulo, a igreja na Macedônia aplicou esse princípio. Ao saberem dos crentes em Jerusalém que estavam lutando contra a pobreza, eles reuniram dinheiro para enviar como ajuda para o que faltava na igreja, mesmo sendo pobres (ver Romanos 15:25-26 e 2 Coríntios 8:1-5). Eles compartilharam o que tinham e o usaram no serviço ao Senhor (2 Coríntios 8:4).

      Paulo encorajou os coríntios a fazerem o mesmo. Como escreveu,

      “No momento atual, a abundância de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a abundância deles supra a necessidade de vocês. O objetivo é a igualdade” (2 Coríntios 8:14).

      Compartilhar como um ato de serviço também se assemelha ao nosso Salvador, pois Ele veio para servir e dar Sua vida para nos salvar (Mateus 20:28).

      Todos nós temos recursos e dons espirituais que podemos compartilhar para o benefício da Igreja e para ajudar outros a se assemelharem mais a Cristo. Uma igreja bíblica compartilha de mãos abertas e para o bem dos outros.

      5. Cuidando dos Pobres e dos Menos Favorecidos

      A Bíblia também nos diz que a Igreja deve se parecer com pessoas cuidando dos pobres e dos menos favorecidos. Nos dias da Igreja Primitiva, os crentes vendiam suas posses e propriedades para dar a qualquer um que tivesse necessidade (Atos 2:45). Eles seguiram as palavras de Jesus, sabendo que é mais abençoado dar do que receber (Atos 20:35).

      Cuidar de órfãos e viúvas também era uma parte significativa da Igreja Primitiva. Os Apóstolos confiaram o importante ministério de prover para as viúvas a sete homens, um dos quais era Estêvão (ver Atos 6:1-6). Mais tarde, Paulo também enfatizou a necessidade de um sistema de ministração às viúvas (1 Timóteo 5:3-10).

      A verdadeira religião significa colocar a fé em prática e cuidar de órfãos e viúvas (Tiago 1:27). Isso também parece ajudar os menos favorecidos, alimentando os famintos, dando água aos sedentos, vestindo os nus, ajudando os doentes e visitando aqueles na prisão (Mateus 25:34-40). Outros deveriam ser capazes de saber que somos membros do corpo de Cristo através do nosso cuidado e preocupação pelos menos favorecidos e pobres na sociedade.

      Embora muitos de nós conheçam esses versículos na Bíblia e estejam familiarizados com a necessidade de colocar a fé em ação, quantas de nossas igrejas estão fazendo isso? Hoje, alguns no corpo de Cristo percebem erroneamente essas ações como “liberais” ou parte de seguir uma agenda social. Conforme evidenciado pela Igreja Primitiva, no entanto, cuidar dos necessitados, órfãos e viúvas é bíblico e um distintivo da igreja.

      Podemos ter tudo certo, como nos reunir regularmente para adorar o Senhor, ler as Escrituras e orar. No entanto, se não estivermos vivendo nossa fé, não estamos cumprindo o propósito de ser a Igreja. Uma igreja bíblica se estende àqueles que são pobres e necessitados.

      6. Adornada com Atos de Justiça

      Além de ajudar os necessitados, as Escrituras também nos dizem que a Igreja deve se parecer com uma noiva adornada para seu casamento. A igreja é a noiva de Cristo. Ele morreu para purificá-la e limpá-la. No retorno de Jesus, a Igreja estará adornada em linho brilhante e limpo para o banquete de casamento do Cordeiro (Apocalipse 19:7-8).

      O Apóstolo João explicou que o vestido de casamento da noiva – o linho brilhante e limpo – é um símbolo dos atos justos ou obras dos crentes (Apocalipse 19:8). Atos virtuosos não nos salvam, pois é o sangue de Jesus que nos torna limpos (Efésios 5:25-27). No entanto, os atos justos que fazemos agora nos adornarão na festa de casamento. A Igreja estará vestida e pronta para seu Noivo.

      Podemos agradecer a Jesus, porém, pela capacidade de nos adornarmos naquele dia. Após a salvação, nos são dados trabalhos a fazer, que o Senhor preparou antecipadamente para nós (Efésios 2:10). Essas obras nos permitem coletivamente costurar e preparar nosso vestido de casamento de fino linho para aquele dia glorioso.

      Hoje, as pessoas deveriam ser capazes de distinguir os membros da Igreja por suas boas obras. Os crentes não são perfeitos e tropeçarão às vezes. No entanto, fomos salvos e feitos obra de Deus, criados para fazer boas obras e refletir cada vez mais nosso amoroso Salvador. Os atos justos que fazemos testemunham a outros que somos parte do corpo de Cristo.

      A Igreja deve se parecer com uma noiva mantendo-se pura para seu marido e preparando-se para o dia de casamento tão esperado.

      7. Um Povo Multiplicador

      Finalmente, e mais importante, a igreja é destinada a ser um povo multiplicador. O corpo de crentes deve ser como a semente que caiu em solo bom, produzindo uma colheita que aumentou cem, sessenta ou trinta vezes o que foi semeado (ver Mateus 13:23). Devemos multiplicar em número à medida que fazemos discípulos que fazem discípulos.

      Jesus nos deu a Grande Comissão, comandando-nos a ir pelo mundo e fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:19). A Igreja Primitiva obedeceu a esse comando, adicionando diariamente ao seu número aqueles que colocavam sua fé em Jesus (ver Atos 2:41, 47; 4:4). Os discípulos estavam se multiplicando, espalhando-se como fogo. Mesmo quando a perseguição veio, fazendo a Igreja se dispersar para outras áreas, os cristãos continuaram a espalhar o evangelho e fazer discípulos (ver Atos 8:3-4).

      O propósito da Igreja é fazer discípulos ou, nas palavras de C.S. Lewis, pequenos Cristos. Nos encontramos e adoramos em reuniões semanais, não para marcar uma lista de deveres espirituais, mas para crescer em Cristo e ser equipados para fazer discípulos (ver Efésios 4:12). Se uma congregação de crentes não está alcançando esse objetivo, então ela não se assemelha biblicamente à Igreja.

      As pessoas não deveriam precisar ir a um edifício de igreja para ouvir o evangelho ou encontrar a ação amorosa de um crente. A Igreja deve ir até elas, assim como Jesus ordenou. Nos parecemos mais com a Igreja quando vivemos como multiplicadores, indo e ajudando outros a conhecer Jesus e a se tornarem discípulos.

      Para identificar a Igreja, não precisamos procurar por um edifício. Os verdadeiros membros do corpo de Cristo serão conhecidos por suas vidas, definidas pelo amor por Cristo e pelos outros.

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      Redator Iara Santana Lima

      Iara escreve conteúdos para o blog Cuca de Crente falando sobre diversos assunto bíblicos, então se você gosta de assunto relacionados de De Gênesis a Apocalipse está com a pessoa certa!

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