A Fé Inabalável no Cristianismo: A Mensagem da Cruz Vista Como “Tolice” Pelos Céticos

No coração dos ensinamentos do Cristianismo, uma doutrina particular se destaca não apenas por sua centralidade para a fé, mas também pela divisão que cria entre crentes e não crentes. Esta doutrina é a crença na crucificação de Jesus Cristo, um evento que as Sagradas Escrituras descrevem como o sacrifício supremo de Deus ao enviar Seu único Filho para morrer na cruz, um ato de amor incomensurável com o propósito de expiar os pecados da humanidade e abrir o caminho para o perdão divino. Este conceito encontra base em várias passagens bíblicas, incluindo João 3:16, que fala do amor de Deus pelo mundo; Romanos 5:6-8, que descreve a morte de Cristo pelos ímpios; e 1 Pedro 3:18, que ressalta o sofrimento de Cristo, o justo pelos injustos, para nos levar a Deus.

Para aqueles que seguem os preceitos do Cristianismo, a morte e ressurreição de Cristo não são meramente eventos históricos, mas o fundamento da salvação eterna. A fé cristã ensina que, sem a crucificação, a humanidade permaneceria perdida em seus pecados, sem esperança de redenção. Essa crença tem sido um pilar inabalável para os cristãos ao longo de dois milênios, sendo profundamente enraizada na teologia e na prática religiosa. Charles Ryle, um influente bispo anglicano do século XIX, encapsulou a importância da crucificação ao afirmar que a remoção da cruz de Cristo tornaria a Bíblia um livro sem luz e sem significado. Veja mais sobre: Por que há um aumento no apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo entre americanos, inclusive cristãos?

No entanto, essa crença fundamental enfrenta oposição e desdém por parte de alguns que veem a mensagem da cruz como desprovida de valor ou mesmo ridícula. O apóstolo Paulo, nas suas cartas aos Coríntios, abordou essa divergência de percepções em 1 Coríntios 1:18, contrastando a visão dos que estão perecendo, para quem a mensagem da cruz é loucura, com a dos salvos, para quem é o poder de Deus. Essa tensão entre fé e ceticismo é ilustrada por figuras como Dan Barker, um ateu conhecido por criticar abertamente a noção de pecado e a ideia de um sacrifício redentor.

A perspectiva de AW Tozer, um pastor e escritor Cristianismo do século XX, reforça a ideia de que a cruz representa um ponto de convergência definitivo para todas as opiniões humanas. Tozer sugere que o destino eterno de cada pessoa está intrinsecamente ligado à sua reação à cruz de Cristo, uma visão que encontra eco em versículos bíblicos como Hebreus 9:27 e 2 Coríntios 5:10, os quais falam da morte como precursora do julgamento divino.

A noção bíblica de sabedoria, conforme explorada por Paulo, desafia as concepções humanas e eleva a pregação da cruz como meio de salvação divina. Em 1 Coríntios 1:20-21, Paulo questiona a relevância da sabedoria humana frente à sabedoria de Deus, destacando a predileção divina pela “loucura da pregação” como caminho para a salvação daqueles que creem.

Oswald Chambers, um evangelista e professor escocês do início do século XX, refletiu sobre o impacto universal da cruz, notando que enquanto o céu valoriza a cruz e o inferno a teme, os homens frequentemente ignoram seu significado profundo. A vitória de Cristo na cruz, como descrito em Colossenses 2:15, não apenas desarmou as potestades e autoridades, mas também as expôs ao desprezo, consolidando a derrota eterna das forças do mal.

A narrativa bíblica da queda de Lúcifer e a subsequente corrupção da humanidade pelo pecado ilustram a luta espiritual contínua entre o bem e o mal. Através das palavras de Jesus em Lucas 10:18